Rádio Web Nova

domingo, 5 de julho de 2015

Riquezas de PG injetam R$ 6,5 bilhões na economia

O município de Ponta Grossa adicionou R$ 6,5 bilhões na economia paranaense do último ano. Calculado pela Secretaria da Fazenda, o valor se refere às riquezas produzidas pela indústria, comércio, agricultura, extrativismo e também as autuações fiscais registradas na cidade no último ano.

Com a produção de R$ 6,5 bilhões, Ponta Grossa registrou um crescimento econômico de 6,37% e se manteve como a sexta cidade que mais gera riquezas no Estado. Segundos os dados da Fazenda, a indústria continua sendo o carro-chefe do município e é responsável por 57,29% do valor agregado à economia.

Em 2014, R$ 3,7 bilhões foram adicionados pela indústria de Ponta Grossa, enquanto as riquezas do comércio somaram R$ 2,3 bilhões. Já a produção primária registrou R$ 392 milhões. Entre os dez municípios mais ricos do Paraná, o crescimento da economia ponta-grossense foi superior ao de Curitiba, São José dos Pinhais, Maringá e Paranaguá.

Presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), Nilton Fior atribui o crescimento econômico à instalação de novas indústrias e ampliação dos INVESTIMENTOS no município. “A ampliação que houve nestas indústrias já instaladas, junto aos novos INVESTIMENTOS, são com certeza o carro-chefe da nossa economia. Por exemplo, o início da operação da Ambev, a Crown, são fatores que contribuem e têm um excelente impacto nos tributos”, afirma.

Fior também destaca os investimentos no comércio de Ponta Grossa. “Mesmo em um momento econômico difícil, houve a instalação de grandes lojas na cidade, como a C&A, e a ampliação de supermercados nos últimos anos. Com isso, também tivemos crescimento no comércio”, ressalta o presidente da Acipg.

Apesar do índice positivo, o município apresentou queda na participação do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no próximo ano. De acordo com a projeção prévia da Secretaria da Fazenda, o ICMS deve render R$ 150 milhões aos cofres públicos municipais em 2016 – uma participação 4,7% menor do que a prevista para este ano no bolo tributário.

Segundo o economista Paulo Roberto Godoy, a queda no índice de participação para 2016 pode ocorrer devido à diferença de variação do valor adicionado entre os municípios paranaenses. “Este índice ainda é provisório, porque é aberto um prazo para que os municípios possam fazer correção. Qualquer análise agora é preliminar. Mas ocorre esta queda porque o crescimento de Ponta Grossa de fato acontece, mas o de outras regiões podem ter sido maior”, explica.
Godoy explica, ainda, que a evolução do valor adicionado dos municípios pode ser motivada por outros fatores além da produção. “Às vezes o valor adicionado não cresce pela produção, mas pelo preço. Em Foz do Iguaçu, o aumento no preço da energia pode ter gerado um crescimento maior do que em Ponta Grossa, por exemplo”, comenta.

Grandes cidades sofrem perdas

Os dados da Secretaria da Fazenda mostram que a maioria dos grandes municípios paranaenses sofreram perdas na participação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Uma das cidades com resultados mais negativos foi São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. De acordo com a projeção da Fazenda do Paraná, a queda no índice do município será de 12,1% em 2016. A redução acompanha o baixo resultado na geração de riquezas. No ano passado, o valor adicionado por São José foi de R$ 16,1 bilhões, enquanto em 2013 chegou a R$ 17,7 bilhões. O baixo desempenho da indústria puxou a queda das riquezas do município e teve uma retração de 15,4% no último ano. Já em Maringá, o índice de participação no ICMS será 3,8% menor. Os dados da Fazenda mostram que o desaquecimento do comércio na cidade é a principal causa da queda nas riquezas produzidas.

Valor Adicionado

O Valor Adicionado (V.A) é resultado da diferença entre os bens produzidos em um município e os custos da produção, referente aos insumos adquiridos de terceiros. Para o cálculo da Secretaria da Fazenda, são considerados os valores adicionados pela indústria, produção primária, comércio e autos de infração. A produção agropecuária bruta não está incluída na apuração do valor adicionado total dos municípios. O V.A é um dos itens utilizados para calcular a participação das prefeituras no ICMS do Estado.

Informações do Jornal da Manhã.

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