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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Empresário do Paraná é preso por interferir em investigações, diz Gaeco

Um empresário do setor farmacêutico suspeito de participar de um esquema de fraude na compra de medicamentos na Secretaria Municipal de Ibema, no oeste do Paraná, foi preso pela segunda vez pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele já havia sido detido no dia 19 de junho, mas foi liberado. Entretanto, foi preso de novo nesta sexta-feira (3) porque estava interferindo nas investigações, segundo o Gaeco.

Além dele, outros dois empresários, dois secretários municipais e o prefeito Antonio Borges Rabel (DEM) são suspeitos de superfaturar produtos e repassar medicamentos vencidos.

De acordo com o Gaeco, o empresário preso nesta sexta estava ameaçando testemunhas do caso. O advogado dele, Alexandre de Oliverira disse que a suspeita não tem fundamento legal. Ele também negou que houve coação de testemunhas e disse que a defesa trabalha para conseguir um novo alvará de soltura pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

Prisões
No dia 19 de junho, o secretário municipal de Administração de Ibema, Valdir Roberto Scheifer, Secretária Municipal de Saúde, Eunice Vieira de Lara, uma assessora e três proprietários de distribuidoras de medicamentos em Cascavel foram presos.

Além da suspeita de fraude em licitações e fornecimento de medicamentos com data de validade vencida, segundo as investigações do Gaeco, as empresas também entregavam menos medicamentos do que os contratados.

As investigações também apontam que, no esquema, a Secretária Municipal de Saúde recebia propina e ainda revendia os medicamentos vencidos para farmácias da cidade.

Eunice e a assessora dela continuam presas. Já Schefer e os representantes das empresas foram liberados.

Na terça-feira (30), o Gaeco recolheu documentos da Prefeitura de Ibema que estavam jogados no lixo. Os papéis, que estavam destruídos, foram descartados por ordem do prefeito segundo o Gaeco, e indica a participação de Rabel no esquema.

Desde 2013, calcula-se que o grupo tenha desviado mais de R$ 1 milhão com os contratos fraudulentos. Os advogados dos envolvidos não foram localizados.

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