A decisão foi adotada após reuniões realizadas pela manhã e à tarde, com a presença do major Hemerson Saqueta, do Corpo Bombeiros, e o comandante da Guarda Municipal e coordenador da Defesa Civil Municipal. Das discussões também participaram o Procurador Geral Paulo Sérgio Vital, o secretário do Meio Ambiente Ewerton Pires e o secretário de obras Herivelto Moreno. As chuvas torrenciais – incluindo também pancadas de granizo - que atingiram Apucarana nos últimos dias, além de danos significativos à malha asfáltica, deixaram um rastro de prejuízos em diversos patrimônios públicos e privados.
Com base em um levantamento de problemas ocasionados pela intempérie climática, feito pela Defesa Civil em conjunto com a Secretaria Municipal de Obras, o prefeito Beto Preto assinou no final da tarde desta quinta-feira (16/07) decreto instituindo situação de emergência municipal. Além de Apucarana, outros 26 municípios paranaenses também já haviam assinado o mesmo decreto até o final da manhã desta quinta. Os detalhes da medida local, que tem como intuito agilizar auxílio às comunidades e locais atingidos, para o reparo dos danos, foram apresentados pelo prefeito ao Legislativo, representado pelo presidente José Airton Araújo “Deco” e os vereadores Aurita bertoli e Gilberto Cordeiro lima, e também para a imprensa local.
Beto Preto explicou que, por enquanto não pretende obter recursos do Estado ou da União para promover as obras e serviços necessários. “A nossa intenção é deixar registrado oficialmente esta situação emergencial, para agilizar alguns reparos que iriam depender de processos de licitação e que poderiam gerar atrasos, prejudicando o atendimento de muitas pessoas e acarretando riscos de acidentes”, argumentou o prefeito. Como exemplo Beto Preto citou a parede do refeitório da Escola Municipal Durval Pinto, situada junto ao Lagoão, que ameaça cair a qualquer momento.
Ele também apontou como situação de risco a “represa da baia”, no contorno sul, onde a água já passou por cima da barragem. “Abrimos as comportas para baixar a lâmina de água, mas existe risco de rompimento da barragem, dando vazão a um imenso volume de água”, explica ele. No relatório preparado pela Defesa Civil, com apoio do Corpo de Bombeiros foram listados quarenta e cinco situações de danos materiais em prédios ou locais públicos, além de outros de propriedade particular. Nele também constam a canalização do Córrego Ipiguá (parcialmente interditado) na Rua Cristiano Kusmaull, próximo ao contorno sul; e a canalização do Córrego Araranguá, na estrada do barreiro.
“Também temos muita preocupação com a deterioração da malha asfáltica de Apucarana”, assinala o prefeito, acrescentando que os prejuízos são estimados na faixa de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, major Hemerson Saqueta, a situação de emergência é uma ferramenta legal para fazer frente aos prejuízos materiais gerados pela chuva excessiva. “Já mantivemos contato com a Defesa Civil do Paraná, que está ciente da situação emergencial de Apucarana”, revelou Saqueta. O coordenador municipal da Defesa Civil, Tenente Edinei Francisco da Silva, informou que todos os locais que sofreram avarias – públicos ou privados - estão sendo vistoriados. “Estamos registrando tudo no sistema da Defesa Civil Municipal, para depois repassar para a Defesa Civil do Paraná”, explicou Silva.
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